sábado, 31 de janeiro de 2009

- Embalando o sono da Öde;

O que será que ela sonha quando se deita em meus braços?
Eu embalo teus cabelos e lhe canto uma canção de ninar muda.
O que será que ela planeja quando se aperta em meus abraços?
Eu lhe protejo em meu peito como um pai e sua criança miúda.
Ela é gente grande e pequena, mulher e menina
Agitada e serena, concentrada e bobinha.
Ela une pólos distintos me aguçando os instintos extintos.
Ela é a companhia perfeita para o meu voo solo.
O que será que ela sonha quando está em meu colo?
O que será que ela vê quando está com teus olhos fechados?
Eu lhe viajo o corpo com minhas mãos puras e libertinosas.
Por onde será que ela sobrevoa em teus sonos pesados?
Eu fecho os olhos tentando embarcar nessas tuas viagens maravilhosas.
Ela é a perfeição e o absurdo de bom, é a letra e canção.
Ela é carro e balão, é pele, boca, nuca e mão.
Ela aquece o meu corpo e faz dele seu porto, tremendo conforto.
Ela é a companhia perfeita para o meu voo solo.
Será que alguém sabe o que ela sonha?
Às vezes, confesso que até eu mesmo me embolo.

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