sábado, 28 de junho de 2008

- Coração Itinerante;

Ele já se perdeu em diversas esquinas.
Ela já se perdeu por diversas meninas.
Achava que o amor era belo e eterno
E que o interior prevalece ao externo.
Ele andou perdido quando perdeu pessoas amadas.
E até morreu em pedaços por elas não voltarem.
Mas se engrandeceu, fortalecendo suas grossas camadas.
E isso fez com que ficasse mais dificil de entrarem.
Ele é carente, mas ao mesmo tempo orgulhoso.
Ele é o sol, porém em algum dia chuvoso.
Olha os rostos alegres e felizes
E se pergunta se o cúpido existe.
Se sim, por que apenas ele é triste?
É um coadjuvante em meio as atrizes.
Ele já chorou como uma criança
Mas nunca perdeu a esperança
De um dia encontrar sua fiel amante.
É, aonde será a casa para o meu coração itinerante?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

- Doce Tormento;

Ela me pára ao meu lado e sem dizer nada
Descobre tudo o que eu tenho para falar.
Ela tem uma estrela de princesa encantada
Eu sou só mais um que vivo a lhe admirar.
Me dê uma razão e te mostrarei que o mundo é lindo.
Quantas canções preciso fazer para descobrir o quão linda tu és?
Me dê um sorriso, por favor, adoro te olhar sorrindo.
Em quantas ilusões você já se deu por cair e enfraqueceu seu pés?
Ela me pergunta as horas meio preocupada.
E eu respondo não querendo ver-te ir embora.
Ela ajeita o cabelo aos ventos que sopram do nada.
Seu maior sonho é casar na praia de Bora-Bora.
Me dê um beijo que te farei a pessoa mais feliz do mundo.
Quem disse que eu quero ir para casa nesse momento?
Desde que estou aqui passaram horas, mas nenhum segundo
Parece ser tão perfeito quanto te olhar, esse doce tormento.

domingo, 22 de junho de 2008

- O Que é o Amor?

O que é o amor a não ser um presente com
Um embrulho bonito e um cartão com juras eternas?
O amor hoje em dia é primeiro passo para gostar de alguém.
Imagina como os poetas românticos estão se sentindo?
O que é o amor a não ser um beijo debaixo de chuva
Com algum desconhecido que possuía belos olhos?
O amor hoje em dia é conhecido com despedidas,
Aquela última frase das conversas: "Boa noite, Te amo!".
É sempre assim. E isso é triste para o mundo.
As pessoas nascem obrigadas a amar. Isso é fato.
Mas a dificuldade não estar em amar e, sim, saber o que é isso.
Hoje as pessoas amam qualquer coisa.
"Eu amo meu computador, meu celular, meu video-game.
Eu amo minha mochila, meu tênis super caro, minha camisa".
Amores fúteis de pessoas vazias com objetos sem sentimentos.
O que é o amor eu não também não faço a mínima idéia.
Só sei o que não é. E assim vou traçando planos até chegar
Em sua amplitude da palavra: Amor.
O mais perto que cheguei disso foi gostar de alguém
Que não sabe o que sinto por ela. Ela está a mil kilometros
Do meu quarto. E eu, mesmo assim, consigo sonhar com ela
Todas as noites da semana e falar dela no restante do dia.
Isso é o meu amor, mas não é amor. O que é amor eu não sei.
Mas acho que ela tem alguma coisa haver com isso.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

- Deixa Eu.

Deixa eu falar da tua boca. Deixa eu sentir o seu suspiro.
Deixa eu tirar a sua roupa. Deixa eu ser a razão do seu sorriso.
Deixa eu sonhar a vontade com você. Deixa eu passar a noite acordado.
Deixa eu tremer quando for te ver. Deixa eu ficar mais apaixonado.
Deixa eu te desenhar em meu caderno. Deixa eu ter lindo sonho com nós dois.
Deixa eu alimentar esse amor eterno. Deixa eu controlar o momento depois.
Deixa, deixa? Só não deixa eu te esquecer facilmente.
Deixa, deixa? Deixa eu te jurar o meu amor eternamente.
Deixa eu acaricar a sua graciosa nuca. Deixa eu te fazer sorrir ao acordar.
Deixa eu te contar uma história maluca. Deixa eu te cobrir de beijos ao luar.
Deixa eu te roubar mil estrelas. Deixa eu te prometer o imenso universo.
Deixa eu mudar o mundo para vê-la. Deixa eu te amar através deste verso.
Deixa, deixa? Mas não me deixe na deixa de me deixar levar.
Deixa, deixa? Já não me importa bater de porta em porta para te buscar.
Deixa eu te amar como eu te deixo que me ama também.
Deixa que eu prometo o seu porto seguro e de mais ninguém.

terça-feira, 17 de junho de 2008

- Olhos;

Eu entendo, você precisa de um espaço.
Quer sentir o ar mais leve que uma pluma.
Mas entenda, eu já nem sei mais o que faço.
O que vi em você não achei em mais nenhuma.
Você atenderia se te ligasse no fim de semana?
Nem que seja para falar nada demais.
Só para eu tentar dormir em paz
Vai dizer que não sente saudades de alguém bacana?
Hoje eu grito, eu choro, eu te imploro: volta.
Eu te imagino, te peço: não cause reviravolta.
O meu erro foi te perder para saber o que ganhava.
O meu medo é você me esquecer, sabendo que amava.
Te declaro em frases bonitas e mãos suadas de medo.
Te enxergo com olhos molhados e o coração machucado.
E nessa valsa sem música, nesse samba sem enredo.
Eu te súplio, esqueça meu pecado e volte ao meu lado.
Só me deixe respirar novamente, eternamente.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

- Seu Jogo;

Na primeira deixa eu me deixei levar.
Estou jogando o seu jogo mesmo não querendo ganhar.
Eu sou confuso, eu sou difuso.
Eu tenho mil briquedos, mas não sei usar.
Estou me apaixonando aos poucos por muitas.
Estou plantando minhas sementes coloridas.
Acelerando tudo, pisando fundo, ignorando as multas.
Essas noites estão sendo muito mais divertidas.
Qualquer dia eu tropeço, eu canso, eu paro.
Mas a minha história me provou que isso é raro.
Eu sou errante, eu sou mudado, enjoo rápido.
Minha vida são segundos em meio a suas horas.
Mal cheguei, mal fiquei, e já estou pensando em ir embora.

terça-feira, 3 de junho de 2008

- Minhas Palavras;

Hoje, as minhas palavras correm o mundo
Chegam tão perto de quem está tão longe
Cada um junta as letras da maneira que gosta
Da maneira que entende ou do que não entende.
Escrevo para contar mentiras, criar amores
Escrevo para descontrair e me cegar da realidade
Conto minha vida sem contar nada.
Meus versos são para ela, são para ele.
É para você contar para alguém ou guardar contigo.
Eu não ligo. Minhas melhores frases ela nem leu.
Mas quem leu se identificou ou repassou a idéia.
E está é a idéia. Escrevo o mundo para o mundo.
Falo do amor como objeto de consumo.
O amor é uma ilusão que criaram.
Só esqueceram de falar a verdade. Ame seu pai.
Ame sua mãe, ame sua família, ame seu amor.
Mas ninguém preza por te amar.
O amor é uma espécie extinta, como os dinossauros.
Só sei que existiu por pesquisas sobre o fato.
Mas mesmo assim, acredito duvidando de tudo.
O amor me pegou e foi embora.
Com um pássaro que sacia sua sede e volta aos céus.
Tão rápido que nem sei se foi amor.
Essas são as minhas palavras.
Digo verdades para quem acredita.
E falo mentiras para quem não confia.
Acredite no que quiser, não pretendo ter provas para nada.
O amor é como Papai Noel, só existe
Para quem ganha o presente.

domingo, 1 de junho de 2008

- Declarações às Avessas;

O mundo amanheçeu mais cinza.
Eu busco as cinzas da suas fotos queimadas
Meu quarto clareou com mais triste
Eu me perguntando se o verdadeiro amor existe.
Estamos sorrindo forçado para a platéia
Esperando aplausos sem vontade própria.
Somos açucares em uma rígida diéta.
Bandas de rock se apresentando em óperas.
Nosso amor ensinou que as coisas não voltam
Os sentimentos não renascem, pecam.
Estamos acompanhados e sozinho, olhe a volta.
As flores não nascem no outono, secam.
Nossa dança perdeu o compasso.
Esquecemos nossos passos, pobres palhaços.
O sol está gelado, e mesmo estando lado a lado.
Estamos distantes, estamos desapaixonados.
Por que declarações são pedidos de desculpas?
Não há culpa para os inféis, esqueça as frases em papéis.
Dê-se por infeliz, arranque o mal pela raiz.
Não há arrependimento quando fez o que quis.
Nosso término era questão de tempo.
Falta de sentimento, eis aqui o meu agradecimento.
Obrigado por me ensinar o que não deve fazer.
Adeus, a parti de hoje, não existe mais "Eu e você".

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"são pensamentos soltos traduzidos em palavras".
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