segunda-feira, 14 de julho de 2008

- Rim'adas';

As cores coloridas e divertidas, invertidas são cores.
As flores floridas e crescidas, torcidas são flores.
As frases intrometidas e distorcidas, lidas são frases.
As fases corridas e bebidas, lindas são fases.
As formas, jeitos, trejeitos e imagens, de qualquer forma
São formas, jeitos, trejeitos e imagens.
Mas minha vida, rompida e falida, prometida à sua vida.
Que por sua vez, é linda e bandida, que roubou a minha vida.
Entrei por uma entrada que não tinha saída.
A porta pouco importa a direção e a sua rota.
Entrou nos seus segredos, pelos dedos, entrou sem seus enredos.
Torpedos que me jogam em degredos cheios de medos, relvedos.
As bocas risadas e gargalhadas, alcoolizadas são bocas.
As toucas abafadas e apertadas, ensolaradas são toucas.
As ruas lotadas e apressadas, enluaradas são ruas.
As gruas pesadas e fortificadas, amareladas são gruas.
As poses, vestimentos, lugares e máquinas, de qualquer forma
São poses, vestimentos, lugares e máquinas.
Mas a minha história, vivida e sofrida, partida à sua vida.
Que por sua vez, é ríspida e bem-vinda, que chegou à minha vida.
Entrei pela janela amarela do lado esquerdo daquela
Com o escudo da Portela e uma rodela da favela.
Sentei em sua mesa, com direito a sobremesa,
Te tratei como duquesa, e toda a sua beleza te deixa acesa.
Me lançei pelo batuque, te ensinei o maior truque
Te segurei pelo meu muque, mas não fui seu arqueduque.
Todas as coisas e localidades, sem você, são azaradas.
Todo meu eu sem o seu eu é triste, não vale de nada.

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